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Tempo, tempo, tempo… Todos queremos mais tempo e cada vez parece que ele é mais escasso… Como fazer para conciliar tudo e ainda ter vida pessoal? É sobre isso que eu vim lhe ajudar aqui hoje.

Gestão do tempo, organização, planejamento, planner, agenda, lembrete… cada um escolhe como quer chamar a sua forma de organizar a sua rotina. Aqui não vou entrar no mérito de definir o que é o melhor ou o pior, muito menos dizer que apenas um jeito (o meu) é o mais indicado para você solucionar as demandas e viver concomitantemente. Antes disso, vamos falar em prioridades.

Você sabe quais são as suas prioridades?

Dentro de um processo de desenvolvimento pessoal, esse assunto cai no colo da cliente quase toda a semana, até que ela consiga compreender como isso funciona na prática, lá dentro da sua cabeça, quando está lidando com escolhas, dilemas ou opções. Porque as demandas são muitas embora o tempo continue sendo o mesmo. Como explica muito bem o próprio professor Leandro Karnal, “se uma pessoa dormisse por 100 anos entre 1100 e 1200, ao acordar não veria grandes mudanças; se uma pessoa dormisse em 1985 e acordasse hoje, seria uma completa incapaz”. Temos uma mudança de tecnologia muito rápida, novos estudos científicos saindo todos os dias, uma legislação praticamente flutuante (pergunte aos contadores e advogados tributários, se você duvida disso). Acrescente a isso as suas pesquisas no Google para descobrir algo novo e lá se vai mais informação (e descobrimos como ainda não sabemos muito).

Entenda que os tempos mudaram

Hoje precisamos dedicar um tempo no dia para aprender. Há pelo menos trinta anos, um médico poderia dedicar alguns minutos de leitura de um Guia ou Manual e participar de um congresso anual na sua especialidade que já seria alguém muito bem informado. Se compararmos com o volume de informação produzida agora, é previsto horas de novas formações mensais. Quanto isso consome da agenda, e que antes era tempo livre?

Os compradores das empresas do passado esperavam trinta dias para receber a visita pessoal do representante comercial. Com o Whatsapp, esse profissional está conectado 24h no dia, 7 dias na semana. Pode trabalhar de casa, sim, mas o horário específico de trabalho pode não ser o mesmo como antigamente. O que isso afeta na qualidade de vida e planejamento? É por essas e outras questões que apenas dar dicas de como fazer mais em menos tempo não funcionam a longo prazo. Porque você precisa entender das suas prioridades antes de pensar no que fazer para fazer tudo o que precisa ser feito.

Defina suas prioridades

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As suas prioridades estão aliadas ao que você valoriza na sua vida e ao que você acredita que seja a melhor maneira de usar os seus recursos (como recursos entende-se por tempo, dinheiro e energia). Sobretudo no que tange a vida pessoal, conseguir identificar alguns dos seus reais valores pode ser valoroso para que tais sejam estabelecidas. Se formos usar o recurso dinheiro para explicar as prioridades, seria como se, ao pararmos em frente de uma vitrine cheia de opções de roupas, você escolhesse uma peça devido às suas necessidades do momento: estão amamentando, vai pra academia, ambiente de trabalho, etc. Você escolhe conforme tem as suas várias áreas de atenção e o nível de importância que coloca em cada uma delas.

Agora que você consegue definir o que são as prioridades, faça o exercício de eleger as suas 5 principais. Isso dará clareza para as ações que vou sugerir posteriormente. Feito a eleição e a descrição, compare as suas prioridades com a sua agenda. Se por acaso nesse momento você não está se utilizando de uma, faça um breve diário de alguns dias e anote todas as reais ações. Qual o resultado que você tem? Estão andando em harmonia e linearidade as ações com as prioridades? Ter esse diagnóstico é essencial.

Vamos para a prática? Já aprendemos conceitos já analisamos nosso cenário atual, então o momento é de criar novos hábitos e pôr em teste. Para ter o máximo de eficiência na sua gestão do tempo, você vai ter que delegar muitas coisas. Se isso não for confortável para você, será um passo extra para liberar tempo de qualidade na sua agenda para as suas prioridades.

Prática 1: Ao rever as suas ações diárias, quais delas podem ser feitas por outras pessoas sem prejuízo?

Se houver ações que podem ser feitas e você ainda está fazendo, reveja os motivos. Nem sempre será possível delegar tudo para profissionais, por questões financeiras, de sigilo, etc. Mas as tarefas domésticas, por exemplo, podem ser dividas entre quem mora na residência e ainda, contratar quem possa realizar um apanhado geral na semana ou uma personal organizer que lhe ajude no desenvolvimento de estratégias de divisão de tarefas. Estima-se que uma mulher passa 6 horas diárias realizando a conservação do lar. E se você ganhasse pelo menos 3 horas diárias com essas mudanças?

Prática 2: Quantas vezes você “quebra o galho” para outra pessoa?

Do que você tem feito durante a semana, qual o percentual de ajudinhas? Lembre-se: às vezes a sua ajuda é o efeito da desorganização do outro e tempo é o único recurso que não podemos refazer, diferentemente do dinheiro, por exemplo. Repense o seu número de “sim” para os outros e ganhe tranquilidade para fazer algo genuinamente seu. Se aqui a culpa bater pesado, está na hora de repensar o seu sistema de crenças: pode ser que tenha alguma voz aí dizendo que “meninas boazinhas dizem sempre sim”.

Prática 3: Deixe um tempo na sua semana para os imprevistos.

Sim, imprevistos reais podem acontecer. É o computador que precisa ir para a assistência, é o carro que enguiça no meio do caminho, é o celular que quebra. Tudo isso e outra infinidade de coisas precisam de tempo para que seja feito e você se reorganizar para conseguir tocar a vida da melhor forma possível. Por isso que a lenda da agenda cheia é só uma lenda: se você não possuir intervalos, corre o risco de ter muita dor de cabeça para dar a volta por cima das suas obrigações e ainda tirar um tempo para si.

Quais das práticas vai gerar mais impacto na sua vida? Não sei, dependerá muito do seu contexto atual. Se você me perguntasse isso em 2018, a prática 2 seria perfeita. Em 2019 seria a prática 3, pois estava em intensa mudança na carreira e cheguei a embarcar para uma formação em São Paulo sob medicação por conta de uma contratura muscular. Em 2020, a prática 1 foi a mais evidente para mim. Por fim, avalie o seu hoje e vá criando a estratégia. Não é possível fazer algo pensando em como você quer estar. É imprescindível criar caminhos para estar lá.

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