A pessoa que pretende empreender ou que já iniciou o seu empreendimento, em regra, está totalmente absorvida pela ideia central do negócio, relegando a segundo plano demais questões que caminham junto com o negócio.

Um exemplo disto é a aquela empreendedora que monta um negócio na área de estética. Geralmente irá se dedicar ao máximo para fornecer um produto final perfeito, com técnicas inovadoras, proporcionando o melhor para suas clientes, pensando que com tal atitude terá a garantia de que sua empresa terá prosperidade e vida financeira sadia.

Porém, apesar da importância de fornecer um bom produto ou serviço, a empreendedora não pode se ater apenas a sua ideia de negócio, a seu produto final, deve estar atenta principalmente aos contratos que circundam o seu negócio e aos quais depende para que tudo ocorra de forma tranquila, sem percalços futuros.

Ainda no exemplo da estética, a empreendedora irá realizar negócios com fornecedores, com colaboradores, prestadores de serviço, além da formalização do próprio negócio, tendo de decidir qual tipo de pessoa jurídica será, uma MEI? uma empresa limitada? dentre outros tipos.

Essa estratégia exige orientação e estudo, uma vez que a vida de uma empresa depende exclusivamente dos contratos que realiza.

Contratos mal feitos, com ausência de cláusulas essenciais ou esclarecedoras, ou apenas verbais, realizados lá no início da constituição da empresa, podem vir a destruir o negócio futuramente.

Isso parece exagero?

Mas infelizmente não é.

Por exemplo, um contrato de agenciamento (contrato no qual uma das partes se compromete a conseguir novos clientes a outra parte), deve estabelecer o local onde se dará o agenciamento e o prazo de validade do contrato, o prazo de validade da comissão a ser recebida.

Se tais cláusulas não estiverem estipuladas, podem vir a ocorrer discrepâncias, como o agenciador presumir que se manterá recebendo comissão por mais tempo, vindo a cobrar esses valores da empresa agenciada no futuro.

Um contrato de prestação de serviços não realizado de forma correta, pode ensejar dúvidas e uma reclamação trabalhista com vínculo de emprego, o que pode amargar grande prejuízo ao empreendedor.

Além destes acima referidos, há inúmeros outros exemplos, todos baseados na ausência ou na má realização de contratos, motivo pelo qual este é um assunto que deve ser observado com cuidado pela empreendedora.

Empreender é difícil e exige atenção a todos os pontos, devendo a empreendedora, além de trabalhar no produto final, assumir atitude de gestora, de administradora de sua empresa, formalizando ao máximo todas as relações as quais possui grau de risco, justamente para minimizar tais riscos e se munir de meios para buscar resoluções sem necessidade de buscar o Judiciário, que por vezes, devido a morosidade, aumenta os prejuízos envolvidos.

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